Os 28,2 milhões de aposentados, pensionistas e segurados do INSS
que recebem algum tipo de auxílio previdenciário em todo o país vão entrar o
Ano Novo com benefícios reajustados. Tanto quem ganha o salário mínimo, cerca
de 21 milhões de pessoas, quanto os segurados com benefícios acima do piso — 9
milhões — terão os valores corrigidos a partir de janeiro. Pela proposta
orçamentária para 2016, a previsão é de elevar o salário mínimo de R$ 788 para
R$870,99. Segundo a previsão do governo, o INPC fechará 2015 em 10,37%. Com
isso, o teto da Previdência subirá dos atuais R$4.663,75 para R$5.147,38.
O percentual de aumento para quem recebe acima do piso é baseado na
inflação acumulada entre janeiro e dezembro deste ano. Inicialmente, ao
enviar a proposta de Orçamento de 2016 para o Congresso Nacional em agosto
deste ano, o governo federal trabalhava com a estimativa de aumentar o mínimo
para R$865,46, considerando a fórmula de valorização do piso. O mecanismo
determina que a correção leve em conta a inflação acumulada do ano anterior
acrescida à variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes, no caso
o resultado de 2014 é de 0,1%. Com a previsão de aumentar o teto
previdenciário do INSS para R$ 5.147,38, as outras faixas salariais também
serão mexidas a partir do ano que vem. Assim, quem recebe atualmente dois
salários mínimos (R$ 1.576) passará a ganhar R$ 1.739,43, por exemplo. Sobre o
risco de o governo federal adiar a correção do salário mínimo de janeiro para
maio do ano que vem, dirigentes sindicais da movimento dos aposentados foram
unânimes. Eles afirmaram que se houver mesmo a decisão — seria uma medida do
governo em estudo para fazer caixa — prejudicará a categoria.
(O Dia)