27 março 2025

Tadinho: Dia em que Bolsonaro virou réu teve reza, volta de cercadinho e marcha fúnebre

Jair Bolsonaro assistiu ao julgamento do STF do gabinete do filho e senador Flavio Bolsonaro (PL-RJ). Transformado em réu, reencarnou a versão mito: hostil com a imprensa e propagador de fake news. O comportamento arredio foi oposto ao adotado no começo da manhã. Militar acostumado a madrugar, Bolsonaro chegou cedo e sereno na sede do PL, em Brasília. O ex-presidente estava com aliados próximos, alguns que costuma chamar por apelidos. Na noite anterior, o ex-presidente se despediu de seus aliados dizendo que o placar do julgamento do STF seria 5 a 0 pela abertura de ação penal por golpe de Estado. Damares resolveu pedir intervenção divina. Abraçou Bolsonaro e orou. O ex-presidente se emocionou com a senadora rogando ajuda de Deus no julgamento. Bolsonaro desceu falar com a imprensa com o mau humor de quem sente fome. Encontrou um ambiente familiar à época em que foi presidente do Brasil. Um espaço cercado com jornalistas espremidos. As afirmações falsas dele não podiam ser rebatidas. Cada tentativa da imprensa em contestar as declarações era seguida de patadas. A marcha fúnebre era tocada por um homem de boné vermelho. Fabiano Leitão, 45 anos, é assessor do PT e estava na calçada do estacionamento do Senado —Bolsonaro falava da entrada do prédio. Tá na hora do Jair já ir embora. Arruma suas malas. Dá no pé e vá-se embora." Bolsonaro teve paciência para ouvir a pergunta derradeira da imprensa. Descontente com o questionamento, encerrou a coletiva e foi para o carro.

 

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