A saúde é uma das principais preocupações do
brasileiro, sobretudo quando ocorrem as eleições e esse tema ganha relevo nos
debates políticos. No entanto, resta provado que quando a responsabilidade pela
manutenção da saúde está com o próprio cidadão, ele tem declinado de aproveitar
o que o Estado oferta e assim despreza recursos públicos e piora sua
expectativa de vida. Isso ocorre, por exemplo, em relação aos cânceres de mama
e colo uterino, no que diz respeito as mulheres, e de próstata, no caso dos homens
brasileiros.
As
mulheres, mais conscientes após campanhas de saúde, como a do Outubro Rosa, que
mobilizam bastante a sociedade brasileira, estão frequentando mais os
consultórios e fazendo os devidos exames de mamografia e papanicolau. Isso, paradoxalmente,
faz aumentar o número de casos, mas tem o lado bom de que elas estão
descobrindo precocemente a doença e assim iniciando mais cedo o tratamento e
tendo mais chances de cura. Não por acaso a expectativa de vida das mulheres,
medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, é maior que a dos
homens.
Os
homens, tradicionalmente mais refratários a ideia de cuidar da saúde, enfrentam
um inimigo silencioso quando se trata do câncer de próstata, que só apresenta
sintomas em estágios avançados e quando as chances de cura são menores.
Para reverter este quadro, acabar com o
preconceito e conscientizar os homens sobre a importância dos exames de PSA e
de toque retal começa hoje a campanha Novembro Azul em todo o Brasil. Eventos,
em instituições públicas e privadas, associações e ongs, vão mobilizar toda a
comunidade contra a doença e a favor da vida saudável dos homens, que precisam,
por sua vez, esquecer o preconceito absurdo e fazer anualmente os exames
necessários.
Isso
significa vida, vida plena e com qualidade. Sem eles, com o problema detectado
tardiamente, o sofrimento será bem maior.