Glória Pires brinca que
sua expectativa é baixa na hora de escolher papéis no cinema. Brinca, e ri,
porque não é bem verdade. Mesmo quem não gosta do filme de Fábio Barreto tratou
de resguardá-la por sua interpretação como a mãe do ex-presidente em Lula, Filho
do Brasil. E Se Eu Fosse Você 1 e 2 arrebentaram na bilheteria e fizeram
história no cinema brasileiro. Glória brinca de baixa expectativa, mas é
exigente. Há tempos queria trabalhar com Cris D''Amato. Era recíproco. A
oportunidade surgiu com Linda de Morrer, que estréia nesta quinta, 20, em todo
o Brasil. Serão mais de 500 salas a exibir a comédia - como defini-la? -
''espírita''. O que havia de tão interessante no filme? "Ah, ele diz
coisas bonitas sobre a relação mãe/filha, sobre a necessidade de amor e essa
coisa de que as pessoas se preocupam demais com a aparência. Se o filme tem um
tema, é que é mais importante se preocupar com a beleza interior, com a beleza
dos sentimentos. A vida fica muito melhor." Tudo o que Glória viu de
bacana na protagonista feminina de Linda de Morrer está na contracorrente de
Beatriz, a maléfica da novela Babilônia, de Gilberto Braga, que vai chegando ao
fim, na Globo. A própria circunstância de Linda de Morrer chegar aos cinemas
quando se discute o que poderá ocorrer com a Beatriz de Babilônia, poderá
ajudar na carreira do filme. Na terça-feira, Glória arranjou um tempo nas
gravações da novela, numa locação no Centro do Rio, para falar por telefone com
o repórter. Foi uma conversa objetiva, toma lá dá cá. "Vinte minutos cravados",
avisa o assessor, Padilha, homônimo do diretor de Tropa de Elite 1 e 2. E aí,
Glória, já gravou a cena da morte de Beatriz? "Ah, você também acha que
ela vai morrer?", Glória retruca. "Estamos gravando hoje o capítulo
139. Ainda tem chão. A novela vai até o 143. Ainda não chegamos àquela fase dos
falsos finais, que a gente fica gravando e não sabe o que vai ao ar. Nem temos
uma ideia de conjunto, porque estamos recebendo só o roteiro com as falas do
dia", ela informa.
(dgabc)