Marcada para ocorrer na quarta-feira (26), a sabatina do atual
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pela Comissão de Constituição e
Justiça (CCJ) do Senado deve ser um dos principais assuntos da semana. Ele foi
indicado pela presidente Dilma Rousseff para exercer mais um mandato, de dois
anos, à frente do Ministério Público Federal. Na Câmara, a expectativa é de
polêmica na CPI da Petrobras, que marcou acareação entre o doleiro Alberto
Youssef e o ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa. No caso
da recondução de Janot, para permanecer no cargo, ele precisa, além de passar
por nova sabatina na CCJ, ter seu nome aprovado por pelo menos 41 senadores no
plenário da Casa. O atual procurador-geral da República dependerá da aprovação
inclusive de políticos investigados na Operação Lava Jato. O presidente do
Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), um dos investigados, declarou na última
semana que pretende colocar a indicação de Janot em votação no plenário na
quarta-feira, mesmo dia da sabatina e da análise do nome na CCJ. Também
investigado, o senador Romero Jucá (PMDB-RR), que integra a CCJ, afirmou na
sexta-feira (21) que a sabatina deverá ser “exaustiva”, mas
ressaltou que não haverá “retaliação” pelas denúncias apresentadas contra o
presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o senador e ex-presidente da
República Fernando Collor de Mello (PTB-AL). Na quinta-feira (20), Janot
apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) denúncia por corrupção contra Cunha e Collor.
(globo.com)