25 outubro 2012

Uma eleição pode "quebrar" um município?


Durante o plano cruzado, o governante da época, bastante desgastado aos olhos dos brasileiros engendrou uma situação que o pudesse fazer respirar. O Brasil estava mergulhado em problemas de toda ordem quando a Sunab foi ao pasto, por ordem do governo federal,  confiscar o boi que havia sumido por causa do tabelamento do preço da carne. Fico a imaginar se alguém iria deixar de se preocupar com muita coisa se houvesse uma fome geral no mundo. Demagogia. Demagogia de quem vive nos gabinetes refrigerados e não sabe o que é produzir. O povo foi iludido e o país levou anos para reencontrar o caminho de volta à esperança.

A partir desse capítulo da novela “boi no pasto”, lembrei de alguns outros capítulos muito interessantes de algumas novelas que se sucederam:

ORESTES QUERCIA
Endividou o Estado e quebrou o Banespa (Banco do Estado de São Paulo) para eleger o sucessor Fleury. Seu nome virou sinônimo de corrupção. Seus bens chegaram a ser bloqueados, mas, como muitos políticos corruptos, ele conseguiu se livrar.

PAULO MALUF
Maluf e Pitta deram à cidade de São Paulo a maior dívida, tanto financeira quanto social, de sua história. 11 dias após a consagração de Pitta-Maluf nas urnas, começava a hora do pesadelo. O Senado criou a CPI dos Precatórios e Celso Pitta virou alvo das investigações. Quando era secretário de Finanças do seu criador emitiu R$ 3,2 bilhões em títulos para pagar dívidas de R$ 1,9 bilhão. A sobra entrou no segundo desvio. O golpe partiu do Banco Central. Um relatório afirmou que Pitta fizera operações que resultaram num prejuízo de R$ 10,7 milhões. Vendeu, de 1994 a 1996, títulos com valores inferiores ao de mercado para recomprá-los a preços estratosféricos. Há quem faça paródia com o slogan de Duda Mendonça criado para o ex-prefeito: “Foi Maluf quem fez.”
A CRISE DA PREFEITURA DE PEDERNEIRAS
Leio comunicado oficial da Prefeitura de Pederneiras com um leque de medidas que, segundo diz a nota, objetivam compensar a acentuada queda de arrecadação dos últimos meses. Isso se refletirá em iniciativas que vão desde a decretação de pontos facultativos em todas as repartições públicas, até rompimento de convênios com entidades sociais para atendimento a crianças, como é o caso que afetou o bairro Cidade Nova.
No setor de Saúde, por exemplo, os postos de saúde terão suspensos os atendimentos noturno, nos finais de semana e nos pontos facultativos e feriados decretados pela prefeitura.
Será que sabendo como sabia (e a nota oficial esclarece) que a queda da arrecadação estava ocorrendo e progressivamente desde o semestre anterior – isso foi inclusive objeto de debate entre os candidatos a prefeito de Pederneiras – não deveria a administração, preventivamente, ir adotando os cuidados necessários, o monitoramento e medidas de contenção, ao mesmo tempo ir informando a população sobre o que estava por vir?



Reginaldo Monteiro

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Um comentário:

  1. Falei durante toda minha campanha, que temos que administrarmos uma Prefeitura como administramos uma empresa, colocando pessoas certas no lugar certo, e na empresa que trabalho as crises nos ensina a serem mais fortes em gestão e quando vai embora, continuamos administrando como se estivéssemos vivendo uma crise! mas não privilegiamos grupos políticos e muitos menos pessoas que não tiveram competências para se estabelecerem na vida e vivem como "puxa sacos" para garantir sua incompetência! o tempo vai encarregar de mostrar a falta de gestão nesta cidade!

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