O Brasil é cascudo demais
para deixar-se abalar nos próximos 10 dias por um julgamento inédito na sua
história. Pela primeira vez, um ex-presidente da República é réu por tentativa
de golpe de estado e abolição violenta da democracia no país. Também pela
primeira vez, e pelos mesmos crimes, serão julgados três generais de quatro
estrelas, um tenente-coronel e um almirante.
Na terra onde se plantando
tudo dá, o que mais deu foram intervenções militares bem ou malsucedidas. A
República foi proclamada por meio de um golpe. Bestificado, o povo assistiu
pensando que era mais uma parada militar. O que chamamos de Revolução de 1930
não passou de um golpe, como foi um golpe o que os militares ainda chamam de
Revolução de 1964.
Não foi propriamente por
falta de apoio militar que fracassaram os golpes de dezembro de 2022 e de 8 de
janeiro de 2023. Foi mais por incompetência e trapalhadas dos militares e civis
neles envolvidos. Um dia, essa história será mais bem contada, assim como a dos
vários ensaios de golpe que ocorreram durante os quatro tumultuados anos do
(des) governo de Bolsonaro.
Estamos fazendo história
com “h” maiúsculo. Só temos que nos orgulhar e seguir em frente sem nos deixar
enganar.
0 comments:
Postar um comentário