15 setembro 2020

BENEFÍCIO? Governo pode restringir seguro-desemprego para viabilizar Renda Brasil


A área econômica do governo Jair Bolsonaro está avaliando mudanças no seguro-desemprego como uma forma de poupar recursos e viabilizar o novo programa social, chamado de Renda Brasil. A informação é do secretário Especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues. O estudo, segundo Waldery Rodrigues, prevê duas possibilidades: aumento da carência, ou seja, do tempo mínimo de serviço para que o trabalhador tenha direito ao benefício; redução no número de parcelas a serem pagas. Pelas regras atuais, o primeiro pedido pode ser feito após 12 meses de trabalho, e o seguro é dividido entre três e cinco parcelas. "Estamos olhando a carência ou o número de parcelas. São itens mais importantes e adequados para a análise. [...] Se estender [a carência] para 15 meses, 20 meses, 24 meses, a despesa com seguro-desemprego também é reduzida", declarou Waldery. O aumento do prazo para a solicitação do seguro-desemprego torna o acesso ao benefício mais difícil e, com isso, reduz o total gasto ao ano com esses pagamentos. O mesmo acontece se houver corte no número de parcelas. Se aprovadas, as medidas entrariam em vigor em um momento de uma procura maior pelo seguro-desemprego, por conta dos efeitos da pandemia do novo coronavírus na economia brasileira.

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