Monarquia
ou morte! No surrealista episódio desta semana, a tentativa de restauração da
dinastia de Bragança no Brasil. De olho na coroa, Jair Bolsonaro pede em
noivado o príncipe Luiz Philippe, enquanto Abraham Weintraub reivindica ser
promovido de bobo da corte a cuidador do estábulo real.
Líder
do governo no Congresso, o deputado André Moura ousou celebrar a proclamação da
República, mas, no lugar do tradicional retrato de Deodoro da Fonseca, optou
por utilizar na homenagem uma tela a representar o grito da Independência
de Dom Pedro I. Não bastasse, durante um protesto contra o Supremo Tribunal
Federal, houve quem batesse continência para a Estátua da Liberdade… do dono da
Havan.
Ao
que tudo indica, Weintraub apenas queria fazer
média com o chefe. Há tempos Bolsonaro demonstra inesperada vocação cortesã. No
fim de outubro, disse ter “certa afinidade” com o príncipe Mohammed bin Salman,
da Arábia Saudita, além de vangloriar-se da agradável tarde passada com o
herdeiro da corte saudita.
Em
palestras, Weintraub
passa longe de temas como acesso à educação básica e superior, combate à
evasão escolar e iniciativas para melhores indicadores de aprendizado. Prefere exorcizar o “marxismo
cultural” nas universidades e descrever uma realidade delirante
onde drogas como o crack chegaram no Brasil de caso pensado pelo “Foro de São
Paulo” e onde os “comunistas” ocupam o topo do poder nos bancos, grandes
empresas e meios de comunicação do país. A conspiração bolchevique dos
camaradas Trabuco, Lehman e João Roberto manda lembranças.
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