Com seus familiares e
amigos de estrita confiança, Bolsonaro tem discutido o que poderá fazer caso o
Supremo Tribunal Federal o condene e mande prender pelos crimes de tentativa de
golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito,
organização criminosa e danos ao patrimônio público. Se apenas fosse condenado,
ele não pensaria em fugir. Mas sabe que uma condenação será acompanhada da
ordem de prisão. E a única chance de não ser preso e cumprir a pena em uma
unidade militar é fugir. Seria arriscado demais não o fazer à espera de que um
presidente aliado se eleja em 2026 e perdoe seus crimes. De resto, como ter
certeza de que o aliado vencerá Lula, candidato a um quarto mandato? Como ter
certeza de que ele não o trairá, deixando-o mofar na prisão? Bolsonaro já
provou ao longo de sua vida o sabor da traição, inclusive de mulheres, e
detestou. Quem gostaria? A política é também uma história de traição. Tic, tac,
tic, tac, bate o relógio a contar o tempo que falta para Bolsonaro ser
condenado e preso. Ou preso e condenado. Atenção, Alexandre de Moraes: a
segunda opção frustraria o plano de fuga.
(Trechos do Blog do Noblat)
0 comments:
Postar um comentário