O governador Geraldo Alckmin
(PSDB) admitiu nesta sexta-feira (13) que São Paulo poderá
passar por um rodízio em razão da crise hídrica e anunciou a criação de um plano de
contingência para o caso de a política ser decretada oficialmente. Na campanha,
o tucano havia dito que não haveria corte de água. "Não se pode dizer
que não vai ter rodízio", disse Alckmin logo após a primeira reunião do
Comitê de Crise Hídrica, criado pelo governo paulista há uma semana, na sede da
Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos. Em 30 de setembro, no debate
entre os candidatos ao governo do Estado de São Paulo promovido pela TV Globo,
Alckmin afirmou: "não falta água em São Paulo, não vai faltar água em São
Paulo". A frase arrancou risos da plateia, na qual estavam partidários de
adversários do tucano. Alckmin evitou definir uma data para a
oficialização do rodízio e o secretário de Saneamento e Recursos Hídricos,
Benedito Braga, descartou que ela ocorra dentro das próximas três semanas. Nesse
período, uma comissão executiva formada por representantes do Estado e das
prefeituras da Região Metropolitana de São Paulo e da cidade de Campinas irão
se reunir para elaborar o plano de contingência mencionado pelo tucano. Braga
alegou não haver nenhum tipo de "gatilho" que irá disparar a
oficialização do rodízio, embora dentro da secretaria se discuta uma meta para o nível do sistema Cantareira que, caso não seja
cumprida até março, levaria à decretação da política de restrição.
(Último Segundo)