01 maio 2019

LARANJAL DO PSL: Com tantos indícios, o que leva o ministro do Turismo a seguir no cargo?


Marcelo Álvaro Antônio era presidente estadual do PSL em Minas Gerais durante a campanha de 2018. Ele foi eleito deputado federal com 230 mil votos e um sugestivo número de registro: 1717. No governo Bolsonaro, eleito pelo mesmo partido, foi nomeado ministro do Turismo. Desde então, se tornou alvo de uma prolongada investigação sobre um suposto esquema de candidaturas laranja que teria ocorrido sob suas barbas em Minas. Pelo esquema, candidatas eram lançadas para cumprir a cota exigida pelo TSE. Por lei, 30% das candidaturas devem ser reservadas para mulheres. O partido lançava os nomes e embolsava o dinheiro reservado a elas. As candidaturas eram de fachada. A suspeita foi revelada em fevereiro pela Folha de S.Paulo. Segundo o jornal, quatro candidatas do PSL de Minas afirmaram aos investigadores terem sido usadas ou recebido propostas para atuarem como laranjas. Elas acusam o atual ministro de comandar o esquema. Álvaro Antônio nega. As acusações foram reforçadas pela deputada Alê Silva, eleita pelo PSL em 2018. Ela relatou ao jornal que foi ameaçada de morte em uma reunião com outros integrantes da campanha, no fim de março. Após depoimento espontâneo à Polícia Federal, ela solicitou proteção policial. Na segunda-feira, dia 29/04, agentes da PF deram início a uma operação batizada de “Sufrágio Ostentação”, numa referência a problemas na prestação de contas de candidatos do PSL em 2018. Só para lembrar, a eleição foi marcada por um vigoroso discurso anticorrupção, da qual o partido do presidente, até então um nanico na seara política, se apresentava como diferente de todos os outros.
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