Um
grupo de pesquisadores da Universidade Nacional de Ciência e Tecnologia – MISiS
(Moscou), juntamente com colegas da Universidade indiana de Tezupra, criou um
preparado à base de alfa-neurotoxinas, extraídas do veneno de naja, e
nanopartículas semicondutoras. O medicamento será capaz de localizar e demarcar
áreas afetadas por tumores cancerígenos no organismo, comunicou a assessoria de
imprensa da universidade russa. O diagnostico prévio e autêntico de doenças
oncológicas recebe atenção importante entre as pesquisas biomédicas. Para uma
retirada eficiente de tumores malignos, os médicos devem saber os limites da
área operada. Os especialistas da MISiS realizaram o preparo do medicamento,
enquanto os pesquisadores indianos estudaram as características biológicas da
conexão híbrida (conjugado) de duas moléculas, possuidoras de características
diferentes: moléculas alfa-neurotoxinas, extraídas do veneno de najas
tailandesas, e nanopartículas fluorescentes quânticas semicondutoras de
seleneto de cádmio (os chamados pontos quânticos). Estes conjugados podem ser
utilizados na realização de diagnóstico de novas formações oncológicas. Para
visualização do tumor, os cientistas resolveram utilizar a característica única
das toxinas — interação seletiva com um "marcador" definitivo da
doença. Segundo os pesquisadores, as moléculas alfa-neurotoxinas atacam os
receptores colinérgicos nicotínicos, produzidos em enorme quantidade pelas
células de tumor cancerígeno (por exemplo, o câncer de pulmão ou câncer de
mama). Em um organismo saudável, os receptores colinérgicos participam da
transmissão de impulso nervoso. O gancho da "neurotoxina com o ponto
quântico" percorre toda a corrente sanguínea até chegar ao órgão afetado,
marcando toda a zona infectada pelo tumor com a fluorescência das
nanopartículas. Tal iluminação é percebida somente em radiação ultravioleta.
13 dezembro 2016
Reginaldo Monteiro

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