As
perdas nos segmentos de transportes, informação e atividades profissionais
mantiveram o setor de serviços em trajetória de queda em abril, registrando o
pior resultado para o mês desde o início da série histórica iniciada em 2012,
em meio ao cenário de recessão, desemprego e inflação elevados que afetam o
consumo. O volume do setor brasileiro de serviços recuou 4,5 por cento em abril
sobre o mesmo mês do ano anterior, 13º mês seguido no vermelho, informou o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira. Apesar
da queda anual ter sido menor do que a de 5,9 por cento vista em março, o
coordenador da pesquisa no IBGE, Roberto Saldanha, salientou que "ainda
não há uma tendência de reversão". "Para o setor de serviços zerar a
perda, tem que crescer 0,6 por cento ao mês de maio até dezembro na comparação
com o ano anterior. Isso parece um pouco difícil dado o comportamento da
indústria e da economia brasileira", completou ele. Com a economia em
recessão e o desemprego em alta, o principal peso sobre o resultado de abril
veio do segmento de Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio,
cujo volume recuou 6,5 por cento em abril. Também pesou a atividade de Serviços
de informação e comunicação, com queda de 3 por cento, e de Serviços
profissionais, administrativos e complementares, com recuo de 5,4 por cento.
(Reuters)