13 abril 2016

Brasília se organiza para receber grupos

Às vésperas da votação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, o clima tenso dos palácios e gabinetes de Brasília ainda não atingiu avenidas e gramados da capital federal. A previsão, no entanto, é de um grande público na Esplanada dos Ministérios no fim de semana, quando o plenário da Câmara analisa o pedido de afastamento. Os movimentos sociais a favor do governo saíram na frente, com um acampamento que, até esta terça-feira, reunia duas mil pessoas numa área próxima ao Estádio Mané Garrincha. Os grupos contrários à presidente tinham apenas 25 pessoas no seu acampamento, montado no Parque da Cidade. Protestos, aumento de policiais e instalação de muros e alambrados na região central, nos últimos dias, não alteraram a rotina de uma cidade acostumada a mobilizações políticas e esquemas especiais de segurança. Gerências de quatro hotéis de luxo e quatro de categoria simples ouvidas pela reportagem disseram que a taxa de ocupação ao longo desta semana está em torno de 40%, porcentual considerado normal para este período. Os empresários esperam atingir o dobro no sábado e no domingo. Num grande hotel próximo às residências oficiais do Jaburu e do Alvorada, a estimativa de ocupação, no entanto, é de 46,8% - índice que leva em conta reservas efetuadas até a tarde de segunda-feira. Movimentos de rua contra e a favor do impeachment dizem que ocuparão totalmente os espaços que lhes foram reservados pela Secretaria de Segurança Pública no gramado da Esplanada e na frente do Congresso. Um muro de placas de aço foi instalado para dividir, entre os dois grupos, a tradicional área de manifestações populares. O maior número de pessoas previstas para acompanhar a votação deve vir de Brasília, das cidades satélites e da Região do Entorno do Distrito Federal.
(Estadão)
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