Enfrentando um ambiente
hostil de grande parte da militância e de políticos do partido, a presidente
Dilma Rousseff disse aos petistas, reunidos no 5º Congresso do PT, em Salvador,
que “não mudou de lado” ao realizar o ajuste fiscal que ela defende como
necessário para continuar o projeto de desenvolvimento defendido pelo partido. “Nós
somos um governo que tem a coragem de realizar ajustes e que faz estes ajustes
para dar sustentabilidade, perenidade, continuidade e fazer avançar o projeto
de desenvolvimento, o projeto de mudança, que nós adotamos desde 2003”,
explicou. “Nós não mudamos de lado. Nós não alteramos os compromissos que temos
com o Brasil e que o PT defende desde que nós chegamos ao governo federal com o
presidente Lula”, disse Dilma ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva. Dilma, que estava em viagem a Bruxelas, disse que antecipou sua volta
para poder pedir apoio à militância. “Eu vim para assegurar a cada militante
petista que temos uma agenda forte, uma agenda consistente de medidas que vão
garantir a retomada do crescimento e o processo de ascensão social de nosso
povo. A nova etapa de nossa caminhada está apenas começando”, disse a
presidente. Segundo ela, o PT precisa entender que o ajuste é um “movimento
tático” para um objetivo maior que é seguir nas mudanças iniciadas no governo
do ex-presidente. “O PT é um partido preparado para entender que, muitas vezes,
as circunstâncias impõem movimentos táticos para a obtenção do objetivo mais
estratégico, no nosso caso, a transformação do Brasil em uma nação
desenvolvida, menos desigual e mais justa”, disse a presidente.
(IG)