Neymar, Messi, Cavani, James Rodríguez, Vidal, Guerrero... A
lista de atrações da Copa América 2015, no Chile, que começa nesta quinta-feira
é extensa. Mas igualmente grande é a polêmica fora de campo, desde que o FBI
revelou o esquema de corrupção envolvendo a competição continental. E é mancha
do escândalo que os jogadores poderão apagar, pelo menos um pouco, quando os
donos da casa estrearem contra os equatorianos. A investigação dos
norte-americanos atingiu em cheio a mais antiga competição continental do
mundo, que completará 100 anos de existência em 2016, quando ganhará uma edição
especial, nos Estados Unidos. Curiosamente, não é exagero apontar a Copa
América, em especial a edição de 2016, como um dos principais causadores da
implosão da alta cúpula da Fifa, que acabou na renúncia de Joseph Blatter da
presidência da entidade. Para justificar a investigação, os norte-americanos
citaram a movimentação de dinheiro em bancos dos EUA e Copa América Centenário,
em solo ianque. Se o torneio acontece em casa, os americanos entendem que o
problema é deles também. Não se sabe se há outros interesses não revelados,
como a derrota na eleição para sediar a Copa do Mundo de 2022. Segundo o
Departamento de Justiça norte-americano, a empresa dona dos direitos comerciais
do torneio, chamada Datisa – que tem como sócia a Traffic -, combinou o
pagamento de US$ 110 milhões em propinas para cartolas da Conmebol e de
confederações nacionais – entre elas a CBF. Pelo
acordo, a dinheirama valeria por quatro edições da Copa América, incluindo a de
2016, começando agora, no Chile, passado por Brasil (2019) e Equador (2023).
(Band)