Incompetência,
inexperiência, desarticulação com lideranças civis e quadros inexpressivos do
PSL (partido pelo qual o presidente Jair Bolsonaro se elegeu) são apontados por
cientistas políticos ouvidos pelo UOL como algumas das razões que fazem com que
todos os ministérios vinculados à Presidência da República sejam ocupados
atualmente por militares. Esse "círculo militar" que se formou nas
pastas vinculadas ao Palácio do Planalto se fechou ontem com a confirmação
oficial da nomeação do general Braga Netto no lugar de Onyx Lorenzoni na Casa
Civil. Agora são quatro os militares com status de ministro ocupando gabinetes
no Palácio do Planalto: Braga Netto (Casa Civil); o general Luiz Eduardo Ramos
(secretaria de Governo); o general Augusto Heleno (Gabinete de Segurança
Institucional) e o policial militar da reserva Jorge Oliveira (Secretaria Geral
da Presidência). "O presidente se diz sobrecarregado e que por isso tem
procurado pessoas para dividir atribuições. Isso é muito mais um sinal de sua
incompetência para o cargo e inexperiência em gestão", afirma o cientista
político Rui Tavares Maluf, professor da Fesp-SP (Fundação Escola de Sociologia
Política de São Paulo). "A presença militar cada vez maior demonstra que
Bolsonaro não tem penetração nenhuma entre as lideranças civis. Buscar compor
com militares tem muito a ver com a preservação no cargo", afirma a
cientista política Vera Chaia, professora da PUC-SP (Pontifícia Universidade
Católica).
14 fevereiro 2020
Reginaldo Monteiro

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