30 maio 2015

PM usou 2 mil balas de borracha para reprimir protesto de professores no Paraná

A Polícia Militar do Paraná usou 2.263 balas de borracha, 486 granadas de efeito moral e 449 granadas de gás lacrimogêneo na ação contra professores que deixou 234 feridos em 29 de abril no Centro Cívico de Curitiba. O custo do armamento utilizado na operação é estimado em R$ 395.072. Os dados constam de ofício do comando da corporação encaminhado ao Ministério Público de Contas do Paraná. A procuradora Juliana Sternadt afirma que, em uma primeira análise, a ação da PM parece ter sido desproporcional. — Todas as afirmações iniciais que foram feitas a respeito da presença de black blocs no meio dos manifestantes e de ataques com coquetéis molotov foram sendo descaracterizadas. Não ficou evidenciado nenhum tipo de ameaça [aos policiais]. Em princípio, houve um excesso de força. No ofício encaminhado ao Ministério Público de Contas, a corporação relata ainda o gasto de R$ 553.277 com diárias de 855 policiais que deixaram cidades do interior do Estado para reforçar a região da Grande Curitiba — houve deslocamento de efetivo até de Foz do Iguaçu, a 637 km da capital paranaense. Ao todo, segundo a PM, 1.661 policiais atuaram na operação. Os professores protestavam contra projeto do governador Beto Richa (PSDB) que reduzia repasse a pensões de funcionários públicos. O texto foi aprovado pela Assembleia Legislativa no mesmo dia, em votação a portas fechadas.
(R7)
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