Cientistas da Nasa e da Agência Espacial Europeia, ESA, trabalham juntos
num megaprojeto para tentar salvar o planeta da destruição de uma suposta
colisão com um asteroide, como nas hecatombes contadas nos cinemas nos filmes
"Armagedom" e "Impacto Profundo". Para saber se é mesmo
possível deter um cometa, um grupo de astrônomos divulgou ontem a criação de
uma missão, que já tem data para lançar as sondas no espaço, em 2020 e 2021. O
anúncio foi feito ontem no Congresso Europeu de Ciência Planetária. Batizada de
Aida (Avaliação de Impacto de Desvio de Asteroide), a missão terá que desviar
um corpo celeste de verdade. O alvo já foi escolhido. É um sistema binário
composto de um asteroide maior, Didymos, de 750 metros de comprimento, e outro
que o orbita, Didymoon, com 160 metros. Os americanos enviariam uma
sonda-projétil para colidir com Didymoon e os europeus operariam uma
sonda-observadora no local para registrar e estudar os efeitos do impacto. A
sonda europeia, batizada de AIM (Missão de Impacto de Asteroide), vai usar
instrumentos para mapear e estudar Didymos, além de lançar pequenos satélites e
um módulo de aterrissagem no asteroide grande. A sonda americana, Dart (sigla
para Teste de Redirecionamento de Asteroide Duplo), colidiria com Didymoon em
2022. O choque da sonda de 300 kg a 22.500 mil km/h teria força suficiente para
perfurar o asteroide e se alojar em seu núcleo.
(O Dia)