O escândalo de corrupção na
Fifa não atingiu apenas a entidade e suas associações filiadas. Os patrocinadores da Fifa também reagiram e
pressionaram a instituição, preocupados em não relacionar
suas imagens ao esquema de ilegalidades. No Brasil não foi diferente.
Patrocinadores da Copa do Brasil — torneio utilizado por membros da CBF para
recebimento de propinas — estão acompanhando “de perto” as investigações. Algumas
empresas aguardam o desfecho do caso para “tomar medidas futuras” com relação
aos patrocínios. As investigações do FBI (polícia federal norte-americana), da
Promotoria de Nova York e do Departamento de Justiça dos Estados Unidos levaram
à cadeia oito dirigentes da Fifa, na quarta-feira (27), por fraude, suborno e
lavagem de dinheiro — há outros seis réus formalmente acusados que não foram
presos e mais 25 “co-conspiradores” cujas identidades não foram reveladas. Eles
teriam aproveitado suas posições de destaque, por meio de recebimento de
propinas, para fechar acordos com empresas de marketing esportivo e garantir a
essas companhias o monopólio na exploração de torneios de futebol. Esses
dirigentes teriam recebido cerca de US$ 150 milhões em duas décadas. Há duas
suspeitas de corrupção envolvendo o Brasil: uma referente ao acordo de US$ 160
milhões firmado em 1996 entre CBF e Nike, e outra referente a acordos de
patrocínio e de transmissão da Copa do Brasil.
(R7)