O aumento
da procura por remédios contra disfunção erétil fez surgir um mercado clandestino
desses medicamentos em diversas cidades do Brasil, como São Paulo. A reportagem
do Jornal da Band encontrou,
na região central da capital paulista, muita gente vendendo o medicamento,
comercializado nas ruas sem nenhuma garantia de procedência. Em 2014,
foram comercializadas mais de 5 milhões de pílulas de Viagra no Brasil, sem
contar a venda dos genéricos e similares. No Centro de São Paulo é comum
encontrar anúncios que mostram que esse tipo de medicamento vive em promoção.
Em um desses, um comprimido que custava R$ 20 sai por R$ 14. Segundo
pesquisas, cerca de 50% dos homens brasileiros não estão satisfeitos com a
ereção. Além disso, um em cada 100 homens falha completamente aos 25 anos de
idade. Por isso, é cada vez maior o número de jovens tomando, sem nenhuma
necessidade, remédios para "turbinar a ereção". Além dos efeitos
colaterais, o uso inadequado desses medicamentos pode abalar a autoconfiança e
afetar a sexualidade. O azulzinho, como foi apelidado, foi descoberto por
acaso, durante testes para criar um remédio para aliviar a angina, uma dor no
peito. Testes com mais de 23 mil homens com disfunção erétil confirmaram a
eficácia do Viagra, que chegou ao mercado brasileiro há 17 anos. Os jovens
costumam esquecer que o remédio deve ser usado apenas por quem tem problemas de
ereção e que a combinação com medicamentos para o coração pode ser fatal. Os
efeitos colaterais incluem dor de cabeça, rosto vermelho, nariz entupido e
problemas de visão.
(Band)