19 abril 2015

Médicos cubanos ‘conquistam’ pacientes nas cidades pequenas

O Programa Mais Médicos do governo federal, lançado em 2013, trouxe para a região de Bauru, profissionais cubanos. Polêmicas à parte, todo tipo de críticas foram lançadas na época, especialmente por parte dos médicos brasileiros, os cubanos conquistaram os pacientes das pequenas cidades. Educação, atenção, carinho e diagnóstico preciso são itens usados pelos estrangeiros na ‘fase’  de conquista. O atendimento dispensado pelos cubanos é elogiado pelos funcionários da saúde, pelos pacientes e pelos secretários. Um modelo a ser seguido, na opinião da coordenadora do Posto de Saúde João Damásio Machado, no Jardim São Vicente em Agudos, Lidinalva Alves Ruela conta que a profissional não recusa atender nenhum doente e faz com muita boa vontade, ainda que sua carga horária já esteja cumprida. Em Lençóis Paulista, a população ficou receosa com a chegada das cubanas há um ano. Segundo o coordenador de auditoria da Diretoria de Saúde, Renato Baragadi Cassini, a população chegou até a duvidar que elas eram médicas. Mas a primeira impressão não se confirmou. Atualmente elas trabalham e são bem aceitas pelos usuários. Aprenderam a falar melhor a nossa língua e desempenham bem a função. Nayeli Carolina Felício, 20 anos, prefere ser atendida pela médica cubana em Agudos. “Ela acertou comigo. Estou com problema de saúde. Ela conversa muito, pergunta tudo o que estou sentindo e só pede exames para confirmar. Ela é muito atenciosa.” Patrícia Cristina Santana é outra paciente atendida pela médica cubana em Agudos. “O diagnóstico dela é preciso. Eu tinha dor de cabeça e ela pesquisou tudo, inclusive se não era da vista. Tem médico que nem olha para a gente.” A população de Lençóis Paulista ficou receosa com a chegada das três médicas cubanas, há um ano, comenta o coordenador de auditoria da Diretoria de Saúde, Renato Baragati Cassini. São três médicas: Arelis Del Carmen Urbano Garcia, Carmen Rosa Garcia Ballester e Deilys Cardenas Lugones, clínicas-gerais que trabalham com as equipes das Estratégias de Saúde. Optamos por colocá-las, inicialmente, com equipes onde haviam outros médicos. Mas elas se adaptaram bem. Estão falando bem o português. Uma delas já trabalhou sozinha numa unidade, sem outro médico acompanhando. Nunca tivemos uma queixa se quer, sobre qualquer procedimento ou atendimento. Pelo contrário, a população elogia muito a atenção e o carinho.” Um diagnóstico mais preciso, um toque com as mãos e o uso de medicamentos e o pedido de exames somente quando é realmente necessário. É essa a percepção que o secretário municipal de Saúde de Macatuba (46 quilômetros de Bauru), Ricardo Verpa, tem das duas cubanas que trabalham na cidade. “Elas chegaram e não precisaram do acompanhamento de outro médico. Muito pelo contrário, tivemos boa percepção da medicina cubana. Os exames e encaminhamentos só quanto é realmente necessário pela conduta e avaliação médica delas.”
(JCnet)
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