Impasse antigo, a demora na concessão de uma área comunitária do Assentamento Horto de Aimorés, localizado na divisa entre Bauru e Pederneiras, pode inviabilizar verba estadual que será destinada à construção de uma infraestrutura capaz de desmembrar o escoamento da produção agrícola realizada no local e, consequentemente, evitar qualquer tipo de agressão ao meio ambiente. Trata-se do Projeto Desenvolvimento Rural Sustentável Microbacias II - Acesso ao Mercado -, anunciado pelo governador Geraldo Alckmin em 2010, o qual disponibiliza recursos a produtores rurais. Segundo a presidente da Cooperativa de Agricultores Familiares Solidários (Cafs), Maria Aparecida Luz, ao menos 106 cooperados correm o risco de perder o repasse, uma vez que o projeto vence em setembro deste ano e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) ainda não realizou a concessão da área. “Estamos pedindo a regularização da documentação ao Incra desde dezembro de 2013 e, até agora, nada”, criticou Luz. Para tentar agilizar o trâmite, a Cafs encaminhou, na sexta-feira, pedido de apoio ao Congresso Nacional e Assembleia Legislativa. “A gente pede que intervenham tanto junto ao Incra estadual quanto ao Instituto nacional ”, explica. O projeto, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado, está sendo executado pela Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati) e pela Coordenadoria da Biodiversidade e Recursos Naturais da Secretaria do Meio Ambiente (Cbrn). No Horto de Aimorés a proposta é de construir unidades de distribuição da agricultura familiar e de processamento e embalagem; cozinha piloto; centro administrativo; centro de pesquisa; estufa para produção de mudas; auditório e salão recreativo. A obra foi estimada em R$ 290 mil. “O Estado cobre 70% desse valor. O restante é contrapartida da cooperativa”, detalhou a presidente da Cafs na microrregião de Bauru.
(JCnet)