O Ministério da Educação anunciou nesta terça-feira (6) o aumento do
piso nacional do professor para R$ 1.917,78. O valor inicial para professores
que trabalham 40 horas semanais e são formados no ensino médio é 34,4% menor
que o salário mínimo necessário, equivalente a R$ 2.923,22, segundo o
Dieese. O reajuste significa um aumento de 13,01% em relação a 2014 e é mais
que o dobro do primeiro piso instituído em 2008 (R$ 950). Apesar da valorização
do mínimo nos últimos anos, o salário médio do professor ainda ainda é muito
menor do que o de profissionais de mesma formação. Dados da Pnad 2012,
presentes no Relatório de
Observação sobre as Desigualdades na Escolarização do Brasil,
apontam que em média o docente de educação básica ganha o equivalente a 51% dos
salários de outros profissionais. Uma das metas previstas no Plano
Nacional de Educação, assinado em 2014, estabelece prazo de seis anos para
equiparação do salário dos professores ao dos demais profissionais com
escolaridade equivalente. "A lei teve um impacto bastante positivo de
instituir um valor mínimo nacional. Mas, ainda que com todos os reajustes, ele
ainda não é um valor expressivo para tornar a carreira do magistério
atraente", indica a professora Maria Dilnéia Espíndola Fernandes,
pesquisadora da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul.
(IG)