22 dezembro 2024

Isolados do Massaco: Imagens inéditas revelam etnia da Amazônia jamais vista

Os povos isolados do Brasil estão prosperando com a abordagem de não contato – mas a vigilância permanece essencial. Especialistas revelam que o número de comunidades isoladas cresce em territórios indígenas, mas esse sucesso também aumenta o risco de contato "catastrófico". Em Rondônia, um dos estados mais desmatados da Amazônia Legal, uma comunidade isolada está prosperando. Eles são especialistas em caça com longos arcos e em proteger suas terras de visitantes indesejados com armadilhas de estacas (estrepes) escondidas de madeira tão resistentes que conseguem furar o pneu de um trator. Foi uma dessas estacas que imobilizou uma picape 4x4 de uma equipe da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) no início deste ano – encerrando uma missão no território indígena Massaco. Ficou claro, a partir das imagens e de anos de expedições de monitoramento lideradas por Algayer, que o povo do rio Massaco está se tornando mais numeroso – uma tendência aparente entre muitas comunidades isoladas na Amazônia. Para os Massaco, isso representa uma mudança no cenário vivido nos anos 1980, quando sua terra estava cheia de madeireiros e seringueiros. Em 1987, especialistas da Funai em Brasília concluíram que as doenças e a miséria resultantes do contato pacífico eram catastróficas para os povos isolados e instituíram a atual política de não contato da fundação. O Massaco – o primeiro território no Brasil protegido exclusivamente para populações isoladas – tornou-se um experimento de localizar e monitorar uma comunidade isolada sem fazer contato.

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