As urnas eletrônicas, que
por muitas vezes foram descredibilizadas e atacadas, voltam ao posto de
protagonistas com a aproximação das eleições municipais de 2024.
Considerada um pilar da democracia brasileira, introduzida gradualmente a
partir de 1996 e universalizada nas eleições municipais de 2000, a urna
eletrônica trouxe rapidez, segurança e confiança ao processo eleitoral. Mas,
antes dessa revolução tecnológica, como era o processo de votação no Brasil? Antes
da adoção das urnas eletrônicas, as eleições no Brasil eram realizadas por meio
de cédulas de papel. Este método, utilizado desde a Proclamação da República em
1889, envolvia a distribuição de cédulas impressas pelos próprios candidatos,
especialmente nas primeiras décadas do século 20. O processo eleitoral, no
entanto, era suscetível a diversas formas de manipulação e fraudes, o que comprometia a confiança dos eleitores
nos resultados. Durante o período republicano, especialmente no final do século
19, os votos eram abertos e estavam sujeitos à influência de líderes políticos
locais, conhecidos como “coronéis”. Estes, muitas vezes, controlavam o voto de
seus eleitores, o que gerava distorções nos resultados eleitorais. Foi somente
a partir de 1945, com a reinstauração da Justiça Eleitoral, extinguida no período
Getulio Vargas (Estado Novo), que o Brasil começou a trilhar um caminho mais
democrático e a buscar formas de assegurar a legitimidade dos pleitos. Apesar
de a memória das cédulas de papel despertar nostalgia em algumas pessoas, o
sistema estava longe de ser perfeito. A contagem manual dos votos era um
processo demorado e propenso a erros e manipulações. As “urnas grávidas”, por
exemplo, eram uma das fraudes mais comuns.
25 agosto 2024
Reginaldo Monteiro

Administrador do Blog

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