25 agosto 2024

Cédulas, fraudes e mais: Como era a votação antes da urna eletrônica

As urnas eletrônicas, que por muitas vezes foram descredibilizadas e atacadas, voltam ao posto de protagonistas com a aproximação das eleições municipais de 2024. Considerada um pilar da democracia brasileira, introduzida gradualmente a partir de 1996 e universalizada nas eleições municipais de 2000, a urna eletrônica trouxe rapidez, segurança e confiança ao processo eleitoral. Mas, antes dessa revolução tecnológica, como era o processo de votação no Brasil? Antes da adoção das urnas eletrônicas, as eleições no Brasil eram realizadas por meio de cédulas de papel. Este método, utilizado desde a Proclamação da República em 1889, envolvia a distribuição de cédulas impressas pelos próprios candidatos, especialmente nas primeiras décadas do século 20. O processo eleitoral, no entanto, era suscetível a diversas formas de manipulação e fraudes, o que comprometia a confiança dos eleitores nos resultados. Durante o período republicano, especialmente no final do século 19, os votos eram abertos e estavam sujeitos à influência de líderes políticos locais, conhecidos como “coronéis”. Estes, muitas vezes, controlavam o voto de seus eleitores, o que gerava distorções nos resultados eleitorais. Foi somente a partir de 1945, com a reinstauração da Justiça Eleitoral, extinguida no período Getulio Vargas (Estado Novo), que o Brasil começou a trilhar um caminho mais democrático e a buscar formas de assegurar a legitimidade dos pleitos. Apesar de a memória das cédulas de papel despertar nostalgia em algumas pessoas, o sistema estava longe de ser perfeito. A contagem manual dos votos era um processo demorado e propenso a erros e manipulações. As “urnas grávidas”, por exemplo, eram uma das fraudes mais comuns. 

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