27 outubro 2023

Rio de Janeiro: PF teme doutrina “tiro na cabeça” do novo chefe da Polícia Civil

Atuando no combate à milícia e ao tráfico de drogas no Rio de Janeiro, a Polícia Federal (PF) guarda um temor em relação ao novo chefe da Polícia Civil do estado, o delegado Marcus Amim. O perfil de Amim, adepto do “tiro na cabeça” e afeito a holofotes, seria de quem quer os líderes dessas organizações criminosas mortos, não capturados. E um problema prático, sem entrar no mérito sobre direitos humanos, é que isso atrapalha as investigações. Afinal, morto não fala, não aponta cúmplices nem fornece informações sobre a estrutura financeira do crime. A morte de um líder da milícia ou do tráfico pode até ser comemorada por parte da sociedade e dos governantes. Mas, na avaliação de investigadores da PF, tais criminosos são úteis ao poder público se capturados vivos. Mortos, são meramente substituídos na cadeia de comando. Foi por meio da prisão de suspeitos em 2019, por exemplo, que as autoridades conseguiram avançar no caso Marielle Franco, com a delação de Élcio de Queiroz. A Polícia Federal não foi consultada pelo governador Cláudio Castro sobre a indicação de Marcus Amim para chefiar a Polícia Civil. E tampouco, ressalte-se, pleiteou participação na escolha.

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