Um áudio
encontrado no celular do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) Mauro Cid revelou
conversas com o coronel Jean Lawand Junior, então gerente de ordens do
Alto-Comando do Exército, que incentivava a realização de um golpe de Estado.
Lawand disse a Mauro Cid que Bolsonaro precisava "dar a ordem" para
que os militares pudessem agir. "Pelo amor de Deus, Cidão. Pelo amor de
Deus, faz alguma coisa, cara. Convence ele a fazer. Ele não pode recuar agora.
Ele não tem nada a perder. Ele vai ser preso. O presidente vai ser preso. E,
pior, na Papuda, cara", afirmou Lawand Junior em um áudio a Cid em 1º de
dezembro de 2022. No dia seguinte, 2 de dezembro de 2022, o coronel Lawand
encaminhou novas mensagens. Às 8h32, ele escreveu: "Ele tem que dar a
ordem, irmão. Não tem como não ser cumprida". A investigação foi enviada
ao Supremo Tribunal Federal (STF), mas ainda está em curso — novos dados podem
ser encontrados no material analisado ou em novas diligências. Mais
cedo, a Polícia Federal encontrou no celular de Mauro Cid um documento que
apresentava o roteiro para um
golpe de Estado no país após o resultado das eleições
presidenciais do ano passado. Por meio de nota, o Exército informou que
"eventuais condutas individuais julgadas irregulares serão tratadas no
âmbito judicial, observando o devido processo legal" e que "na esfera
administrativa as medidas cabíveis já estão sendo adotadas no âmbito da
Força".
(R7)
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