30 dezembro 2022

Empresários da fé: Pastores se decepcionam com 'mimimi' de um Bolsonaro omisso pós-derrota

Um pastor estende a outro, no intervalo do culto, a tela de um celular com a face de Jair Bolsonaro (PL) estampada na capinha. Queria mostrar um meme que associa o presidente a uma clássica propaganda de remédio: "Tomou Doril, a dor sumiu". Também Bolsonaro desapareceu do mapa político desde que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) o bateu nas urnas. E pastores que marcharam ao seu lado durante toda a campanha eleitoral não vão mentir: esperavam mais dele. Bolsonaro apequenou sua biografia ao não oferecer uma palavra de conforto para a multidão que o escolheu no pleito. Seu mais vocal cabo eleitoral entre evangélicos, o pastor Silas Malafaia não está feliz com a conduta do amigo, com quem não fala há quase dois meses. "Não acho que ele reagiu bem à eleição. Claro que sentir a derrota é normal, mas não precisa ficar prostrado o tempo inteiro, sabe? Gosto muito dele, mas acho que nisso ele falhou." Também frustrante, diz Malafaia, é não ouvir do presidente palavras mais contundentes para os bolsonaristas acampados à espera de uma ação das Forças Armadas que impeça a posse de Lula. "Pra dizer pra esse pessoal ir pra casa, voltar a trabalhar, certo? Porque esse povo depois toma esperança em alguma atitude do presidente."


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