27 novembro 2022

Os crias da seleção: Pelo menos 11 jogadores driblaram a fome e a violência das favelas e insistiram no futebol para mudar de vida

Pelo menos 11 jogadores da seleção brasileira começaram a sonhar com uma camisa amarela personalizada com seus nomes ainda numa favela ou conjunto habitacional bem próximo de uma. Em diferentes pontos do país, a fome de bola e a sede de vencer camuflavam o estômago vazio e a violência diária. Jogadores que aprenderam a dominar o corpo franzino, e muitas vezes subnutrido, caindo no chão vermelho e árido da várzea e a desviar dos atalhos para sair de uma vida sem perspectivas são hoje as estrelas que valem milhões e estão defendendo o futebol brasileiro na Copa do Catar. Os crias podem ser os primeiros no mundo a dizer que a favela venceu e deu ao Brasil o inédito hexa. Mesmo ainda longe da taça, esse time já é campeão por ter conseguido driblar as adversidades. Ao correrem atrás de uma bola, quase sempre descalços, deram um chute certeiro no que parecia estar traçado e fizeram um golaço contra o destino. Criado na favela do Inferninho (não, não é um trocadilho) em Osasco, na Grande São Paulo, a infância de Antony foi como a de muitos garotos da periferia: lidar com a violência que parece bater á porta tofdos os dias. “Uma vez, na minha caminhada para a escola, quando eu tinha uns 8 ou 9 anos, encontrei um homem deitado no beco. Só que ele não estava se mexendo. Quando me aproximei, percebi que ele estava morto. Na favela, você fica meio anestesiado para algumas situações. Não havia outro caminho a seguir, e eu tinha que ir para a escola. Então, eu só fechei meus olhos e pulei o cadáver", disse Antony em texto publicado no site The Players' Tribune. Hoje jogando no Manchester United, da Inlgaterra, Antony vale cerca de R$ 600 milhões.


Compartilhar:

Outras postagens

0 comments:

Postar um comentário

Copyright © 2025 Blog do Monteiro | Powered by Blogger
Design by SimpleWpThemes | Blogger Theme by NewBloggerThemes.com