12 julho 2022

Tempo esgotado: CGU aponta 2,3 mil irregularidades em salários de militares no governo

Relatório da CGU (Controladoria-Geral da União) aponta para indícios de irregularidades na situação de mais de 2,3 mil militares que trabalham para o governo federal. O mais comum, com 930 registros, é de funcionários das Forças Armadas que foram requisitados para função federal civil sob prerrogativa legal, mas que já estouraram o tempo de dois anos permitido para exercer o trabalho fora da vida militar. Em seguida, a outra irregularidade mais recorrente no levantamento é de 729 militares sem a "incidência de rubrica do abate-teto", que é o desconto dos valores de remuneração, subsídio e/ou pensão recebidos acima do teto definido pela Constitução federal. Como o levantamento da CGU utilizou dados de 2020, o valor do salário teto no Brasil, que é o dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), seria de pouco mais de R$ 39 mil. Os demais problemas encontrados incluem falta de amparo legal para realizar função como agente civil (558 militares); valor insuficiente no abatimento do teto (110); e militares na ativa com tempo de dois anos já excedido no cargo civil por "necessidade temporária de excepcional interesse público" (36). O levantamento da CGU, órgão responsável por fiscalizar o poder Executivo, levou em consideração dados fornecidos pelos Ministérios da Economia e da Defesa. Essas informações foram cruzadas e complementadas com as da Siape (Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos) e do Siest (Sistema de Informações de Empresas Estatais).


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