22 maio 2022

Mercado de luxo segue aquecido: Juros ameaçam sonho da casa própria

Depois do aumento de um ponto percentual da taxa de juros, que chegou em maio a 12,75%, financiar um imóvel ficou bem mais caro. O problema da Selic nas alturas é que ao fim das parcelas pagas, o comprador terá pago na casa própria um valor bem mais elevado do que o ela realmente vale. “Quando a Selic aumenta, o custo do financiamento cresce. Os benefícios da operação são reduzidos”, explica Renan Dias, fundador da consultoria financeira Oito Crédito Imobiliário. Segundo o professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie e economista-chefe da G11 Finance Hugo Garbe, após a última alta dos juros, uma desaceleração no setor é esperada nos próximos meses. “Como grande parte do mercado imobiliário precisa de um financiamento, porque é uma compra de um bem com valor alto, esse seguimento sofre com as altas taxas de juros. As pessoas começam a prorrogar suas decisões de compra e esperaram uma Selic mais baixa”, afirma. A compra de imóveis caiu em relação ao ano anterior. "Houve diversos aumentos nos juros desde o primeiro ocorrido em 2021, quando saiu de 2% para 12,75% em maio, ou seja, alta de praticamente 600%. 


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