10 outubro 2020

DEMOCRACIA NO PAU DE ARARA: Mourão elogia torturador Carlos Alberto Brilhante Ustra à TV alemã

O diabo mora nos detalhes, principalmente naqueles que não são ditos. Questionado sobre o fato de Jair Bolsonaro considerar o finado torturador Carlos Alberto Brilhante Ustra um herói nacional, o vice-presidente, Hamilton Mourão, afirmou que ele "era um homem de honra, que respeitava os direitos humanos de seus subordinados".


O açougueiro Ustra foi chefe de um dos principais centros de repressão da ditadura, o DOI-Codi, em São Paulo, acusado de tortura, desaparecimento e morte de presos políticos. Chegou a ser declarado pela Justiça como responsável por casos de tortura e também condenado a pagar indenização por conta da morte do jornalista Luiz Eduardo Merlino. Fez escola e seus métodos são, hoje, repetidos pela banda podre da polícia.


A opinião do general da reserva, dada ao canal de TV alemão Deutsche Welle, não é novidade. Até porque ele também já chamou o finado coronel de "herói" mais de uma vez. Como em 28 de fevereiro de 2018, em seu discurso de aposentadoria do Exército. Certamente o finado chefe do DOI-Codi não foi incensado por seus belos olhos ou pela forma pela qual fazia um guisado de frango ou jogava tranca.

 

Ou no dia 08 de setembro do mesmo ano, em meio à campanha eleitoral, em sabatina na GloboNews, quando Mourão disse que "heróis matam" ao falar do torturador. Considerando que Ustra espancava e matava quem não podia reagir por já estar preso e sob tutela do poder público, diria que o exemplo de herói do vice foi um sujeitinho bem covarde.


(Trechos extraídos de Paulo Sakamoto/UOL)


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