11 dezembro 2019

ÊTA BRASIL: Governo admite que não sabe origem das manchas

Depois de anunciar que estava próximo de revelar a causa do maior acidente com petróleo do país e de chegar a apontar um navio grego como o responsável pelo crime ambiental, o governo admite que, na realidade, ainda não sabe qual foi a causa da tragédia. Em audiência pública realizada pela CPI do Óleo na Câmara dos Deputados, o vice-almirante Marcelo Francisco Campos, responsável pela coordenação das investigações e operações em campo, resumiu a situação atual. “Não sabemos até o momento qual foi a origem desse derramamento, bem como a data”, disse. Campos afirmou que a única possibilidade descartada no momento é a de vazamento do petróleo cru. Segundo ele, a Marinha considera a possibilidade de derramamento acidental ou intencional, além de um incidente durante a transferência de óleo entre embarcações. “Cogitamos, ainda, com menor probabilidade, o naufrágio de um petroleiro. Todas as hipóteses do inquérito administrativo são consideradas”, comentou. A Marinha reafirmou que o óleo seria uma mistura de petróleo da Venezuela. Passados 101 dias desde a primeira ocorrência do derramamento no litoral da Paraíba, em 30 de agosto, uma faixa 3.600 quilômetros do litoral já foi atingida pelo óleo. São 906 localidades de 127 municípios nas regiões Nordeste e Sudeste. O levantamento das ações feitas pela Marinha, Ibama e demais órgãos que atuam na retirada do petróleo cru aponta que 5 mil toneladas de óleo foram coletadas.
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