21 agosto 2019

21 DE AGOSTO: 30 anos da morte de Raul Seixas


Além de dezenas de canções inesquecíveis, como "Ouro de tolo", "Maluco beleza", "Gita" e "Metamorfose ambulante", o cantor Raul Seixas deixou um monte de lendas a partir de sua morte, que faz 30 anos nesta quarta-feira. Muitas eram apenas isso — lendas cultivadas por um artista muito inventivo e dado a brincadeiras — mas outras, por mais incrível que pareça, são verdade, partes indispensáveis de uma biografia fora do comum. Está na letra de "Ouro de tolo", o seu primeiro sucesso, de 1973, e se refere ao período no fim dos aos 1960 em que ele e os companheiros do grupo Os Panteras saíram de Salvador e foram tentar a sorte com as gravadoras e emissoras de TV no Rio de Janeiro. "Raul passou fome, todos os Panteras passaram. Eles comeram sopa de pacotinho durante um ano", revela o jornalista Jotabê Medeiros, que está escrevendo uma nova biografia de Raul Seixas, "Não diga que a canção está perdida", que sai em novembro. Não se deixe levar pelo que o baiano cantava em "Al Capone", parceria com Paulo Coelho. "Raul sempre se confundia com as coisas ligadas à astrologia. 'Al Capone' tem mais Paulo Coelho que Raul", esclarece Sylvio Passos, acrescentando: "Isso, embora Raul dissesse que quem quisesse conhecê-lo só precisava ouvir seus discos, porque ele estava inteiro nas suas músicas. Mas esse inteiro, como se vê, tem vários lados." Segundo o amigo Marcelo Nova, durante a missa realizada antes do enterro, a igreja do cemitério foi invadida por uma centena de fãs, todos gritando “Viva, viva, viva a Sociedade Alternativa!”. O grupo entrou correndo e foi direto para cima do corpo de Raul, a fim de resgatá-lo, e levá-lo para passear, beber e fumar. Marcelo teve que dar uma bronca na turba para manter a ordem.
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