A ofensiva lançada na manhã desta terça-feira
por Juan Guaidó para
dobrar o regime de Nicolás Maduro com
o apoio das Forças Armadas deixou, horas depois, a fotografia de uma batalha
desigual. O apoio de um grupo de soldados foi suficiente para liberar, com um
golpe de efeito, o opositor Leopoldo López de sua prisão domiciliar no início
da manhã. No entanto, a operação não conseguiu incorporar a liderança militar.
O dia terminou com duros confrontos entre as forças de segurança e os chavistas
em oposição aos apoiantes de Guaidó. Primeiro, houve episódios de violência e
repressão em torno da base aérea de La Carlota, em Caracas, onde os dois
líderes fizeram o anúncio para tentar mobilizar soldados e civis ampliando a
pressão nas ruas. Mais tarde, os confrontos foram transferidos para outros
bairros do leste de Caracas, uma zona predominantemente oposicionista. Guaidó e
López fizeram com que seus seguidores saíssem em massa para se manifestar
contra Maduro. Mas as mobilizações não tiveram, pelo menos por enquanto, o
resultado esperado pelos opositores. Nesta quarta, os protestos devem
continuar. O governo de Maduro respondeu a libertação de López com
a mobilização imediata das Forças Especiais de Ação (FAES) e da Guarda Nacional
para bloquear o acesso à base de La Carlota. "Nervos de aço! Eu chamo a
mobilização máxima popular para garantir a vitória da paz. Venceremos!",
tuitou o presidente venezuelano após a ofensiva da oposição. A operação de Guaidó foi colocada em prática às vésperas
da grande mobilização convocada para esta quarta-feira, 1º de maio, que está
mantida, segundo ele. O objetivo do presidente do Parlamento, que há três meses
desafiou o sucessor de Hugo Chávez, cujo mandato ele considera ilegítimo,
consiste em marchar em direção ao palácio de Miraflores, sede do Governo. O
número dois do chavismo, Diosdado Cabello, apelou aos simpatizantes e aos
chamados "coletivos" (na prática, grupos de paramilitares armados)
para que se mobilizem e protejam Maduro.
01 maio 2019
Reginaldo Monteiro

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