O decreto assinado pelo presidente Jair
Bolsonaro para extinguir cargos, funções e gratificações na administração
pública atingiu em cheio a área de Educação, principalmente as universidades
públicas federais. Das 21.000 vagas eliminadas pelo governo, ao menos 13.710
estavam sob a guarda de instituições de ensino, o que corresponde a 65% do
total do corte. Foram extintos cargos de direção, funções comissionadas de
coordenação de cursos e outras gratificações concedidas a professores.
Entidades representativas do setor criticam a medida. O detalhamento sobre as
áreas mais afetadas pela eliminação dos postos na administração federal foi
omitido pelo governo quando divulgou à imprensa as informações sobre a medida
na quarta-feira (13). O material apresentado pelo Ministério da Economia não
especificava as pastas atingidas e não explicava o significado das siglas e
legislações às quais o decreto faz referência. O decreto determina a extinção imediata
de 2.449 postos em instituições de ensino que hoje estão vagos, mas poderiam
ser ocupados a qualquer momento. Outras 11.261 funções gratificadas atualmente
em uso deixarão de existir em 31 de julho. Seus ocupantes serão exonerados ou
dispensados. Análise do Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições
de Ensino Superior) aponta, por exemplo, que foram eliminadas todas as funções
gratificadas das recém-criadas universidades federais de Catalão (GO), Jataí
(GO), Rondonópolis (MT), Delta do Parnaíba (PI) e Agreste de Pernambuco (PE). A
vice-presidente do Proifes (Federação de Sindicatos de Professores e
Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico
Técnico e Tecnológico), Luciene Fernandes, afirma que a medida gera um alvoroço
nas universidades. "Em qualquer país que preza pelo desenvolvimento, a
Educação deveria ter prioridade. Começar a gestão com um decreto que enxuga as
universidades é bastante temerário"
19 março 2019
Reginaldo Monteiro

Administrador do Blog

Acesse e curta nossa Fanpage
Mais Lidas
-
O Congresso Nacional se prepara para votar, nesta quinta-feira (20), o Orçamento de 2025, peça fundamental para a definição dos gastos públi...
-
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) foi alvo de chacota durante o jantar oferecido pelo ministro do STF Alexandre de Moraes na noit...
-
Após a Justiça suspender várias medidas polêmicas anunciadas desde o início de seu governo, Trump dirigiu ameaças ontem à Suprema Corte dos ...
-
Uma decisão da Justiça Federal da Paraíba que condenou três pessoas por envolvimento em desvios de recursos de obras no interior do estado c...
-
Entre 2013 e 2023, o Brasil registrou mais de 232 mil nascimentos de bebês em que as mães eram meninas de até 14 anos. A legislação brasilei...
-
Autor do requerimento para abrir a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado, o senador Alessandro Vieira (Podemos-SE) afi...
-
Bolsonaro não pode ter consumido, no final de 2022, toda a coragem que juntou para fugir para os Estados Unidos antes do 8 de janeiro. Deve ...
-
Nas próximas terça-feira (25) e quarta-feira (26), os ministros da Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) vão se debruçar no julga...
-
Logo depois do julgamento do Tribunal Superior Eleitoral que o tornou inelegível até 2030, Bolsonaro pediu doações em dinheiro para pagar mu...
0 comments:
Postar um comentário