Após determinação da Justiça Federal do
Paraná nesta sexta-feira (16), o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha
(PMDB-RJ) deve ser transferido para o Complexo Médico Penal, em Pinhas. Com
esta medida, o deputado cassado deixará a carceragem da Polícia Federal, em
Curitiba, onde está preso desde o dia 19 de outubro. Cunha é réu por ter
recebido propinas em um contrato da Petrobras. Segundo o G1, dentro do complexo
penitenciário estão outros políticos envolvidos no escândalo da estatal,
como o ex-deputado André Vargas e o ex-ministro José Dirceu. O complexo, de
regime fechado, tem finalidades médicas. A solicitação de transferência foi
feita Polícia Federal na segunda-feira (12) e foi justificada pela lotação da
carceragem. A defesa de Cunha pediu a sua permanência na sede da PF, pois a
mudança atrapalharia a rotina de reuniões com seu cliente. O juiz Sérgio Moro
disse que a sede policial deve funcionar apenas como um "local de
passagem" e alegou que as condições do Complexo Médico Penal são
"talvez melhores do que a da própria carceragem da Polícia Federal". "A
transferência, portanto, não é sanção, mas visa atender exclusivamente uma
necessidade de abrir espaço na carceragem da Polícia Federal e a de evitar
superlotação prejudicial aos presos", informa a decisão. A defesa de
Eduardo Cunha disse ao jornal que não iria se manifestar.
