A Câmara de Borborema foi tomada de surpresa com o pedido de renúncia do prefeito Virgílio do Amaral Filho (PSDB) protocolado anteontem pelo tucano no Legislativo, após ele ter retornado ao Executivo há cerca de dois meses mediante liminar na Justiça. Com o ato, nessa quinta-feira (17) foi empossado o presidente do Legislativo, Florisvaldo Pazzini (PT) no Executivo, que já ocupou a função por 12 dias, quando da renúncia do vice. O tucano tinha retornado ao cargo em dezembro do ano passado após entrar na Justiça com uma liminar para suspender a cassação do mandato dele. Virgílio do Amaral tinha sido afastado do cargo por suposta improbidade administrativa e quem assumiu a cadeira da prefeitura, no dia 23 de novembro, foi o seu vice, Antonio Carlos Torres de Arruda (PSB). No dia 7, porém, Arruda renunciou ao cargo após contatar que o Executivo havia acumulado uma dívida de aproximadamente R$ 7 milhões. No montante, segundo Arruda, estavam incluídos débitos com fornecedores e com o hospital da cidade, além de duas folhas de pagamento em atraso. Ele revelou na ocasião também que as entidades assistenciais estavam sem receber subvenções municipais há cinco meses. Com a renúncia do vice, o presidente da Câmara, Florisvaldo Pazzini, chegou a assumir o cargo em 7 de dezembro, mas com a liminar impetrada pelo prefeito cassado teve que sair e entregar o cargo ao tucano. No final do ano passado em menos de um mês, o Executivo passou por três trocas no comando. Agora é definitivo com Florisvaldo devendo cumprir o mandato até o final de dezembro. Florisvado afirmou nessa quinta (17) por telefone que não esperava o prefeito renunciar. “Pegou todo mundo de surpresa. Ele renunciou alegando que os repasses dos governos do estado e federal diminuíram”, explicou. O novo prefeito diz que vai ter que enxugar a “bola de neve”. “Vou demitir todos que for preciso. Ainda estou fazendo levantamento para saber quantas demissões serão necessárias. A folha de pagamento está chegando ao 57%, além do limite previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal”, declarou.
(JCnet)