14 setembro 2016

RIO 2016: Ao menos 27 atletas paralímpicos são veteranos de guerra

Atletas paralímpicos de oito países foram atingidos por tiros, pisaram em minas terrestres ou tiveram seus veículos explodidos por bombas ou mísseis antes de iniciarem carreira esportiva. Levantamento feito pela Folha de S. Paulo no sistema oficial de informações da Rio-2016 revela que os líderes da lista são EUA, com dez atletas, seguido por Grã-Bretanha, Israel e Bósnia-Herzegóvina, com quatro atletas cada, Sri Lanka com três, e Turquia, Holanda e Austrália, com um atleta. Um exemplo das vítimas de guerra é a americana Melissa Stockwell, 36, que conquistou no último domingo (11) o bronze no triatlo. Stockwell teve a perna esquerda amputada acima do joelho em 2004 depois de ser atingida por uma bomba no Iraque, em conflito que teve estopim com o ataque das Torres Gêmeas. "Todo 11 de setembro é especial para mim. Quando aquelas torres caíram, senti que minha vida mudaria para sempre. O esporte me fez sentir valorizada de novo e me mostrou que tudo é possível, tendo você uma perna ou duas", conta Stockwell. O nadador Bradley Snyder, de 31 anos, também americano, diz ver como esportista mais uma oportunidade de servir ao seu país. "Quando fiquei cego, enfrentei dificuldades que nunca imaginaria, como colocar creme dental na escova ou encontrar a minha comida no prato. Quando faço o que eu faço na piscina, provo para mim mesmo do que sou capaz", afirmou ele, que terá sua vida retratada em um filme. Muitos atletas paralímpicos encontram no esporte uma forma de seguir com a vida e superar as limitações.
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