Após ter o mandato de deputado
cassado pelo plenário da Câmara na noite desta segunda-feira (12),
Eduardo Cunha (PMDB-RJ) afirmou a jornalistas que foi vítima de uma “vingança
política”. O plenário da Câmara cassou o mandato de Cunha por 450 votos
a favor, 10 contra e 9 abstenções. Eram necessários 257 votos para a cassação,
que foi motivada por quebra do decoro parlamentar. O deputado foi acusado de
mentir à CPI da Petrobras ao negar, durante depoimento em março de 2015, ser
titular de contas no exterior. “Eu cometi muitos erros. Eu sou ser humano e já admiti, quando
escrevi para os parlamentares, que cometi muitos erros. Eu errei, errei muitas
vezes, mas não foram os meus erros que me levaram à cassação. O que está
levando à minha cassação é a política. Então, eu fui vítima de uma vingança política
perpetrada no meio do processo eleitoral”, disse Cunha, que declarou que irá
buscar "recursos judiciais" contra a decisão da Câmara. O deputado
cassado afirmou que pretende escrever um livro, mas que ainda vai procurar uma
editora. Cunha quer relatar os bastidores do processo de impeachment de Dilma Rousseff, cuja
tramitação foi autorizada por ele na Câmara,
quando presidia a Casa. "Eu vou contar, obviamente, tudo o que aconteceu
no impeachment, diálogos com todos os personagens que participaram de diálogos
comigo em relação ao impeachment. Esses serão tornados públicos na sua
integralidade", disse. Indagado se havia gravado essas conversas, Cunha
respondeu: "Tenho boa memória".
(G1)