Depois de uma hora de interrupção, a sessão da
Câmara dos Deputados para negociar a votação do projeto de lei (PL) 1210/2007,
que trata sobre as pesquisas eleitorais, a propaganda eleitoral e o
financiamento de campanha, entre outros, foi retomada com polêmica em torno da
votação da proposta. Isso porque, o projeto, que visava também criminalizar a
prática de caixa 2 estava se transformando em uma anistia a quem incorreu na
prática. A iniciativa foi vista como uma manobra. Diante dos protestos e dos
apelos, o deputado Beto Mansur (PRB-SP), que presidia os trabalhos, cedeu e
retirou de ofício o projeto, que poderá voltar à pauta da Casa em outra
oportunidade. Ele anunciou que haviam dois requerimentos sobre a mesa: uma para
retirada de pauta e o outro para votação nominal do projeto. Deputados
contrários ao projeto criticaram a iniciativa de Mansur e insistiram que a
votação fosse nominal para constar no painel a posição de cada parlamentar
sobre anistia. "Queremos a votação nominal para que fique no painel quem
quer anistiar o caixa 2. Querem jogar daqui para a frente [a criminalização] e
esquecer o passado", disse o líder do PSOL, Ivan Valente (SP). A votação
do projeto foi questionada desde o início da sessão que aprovou a Medida Provisória 734/16,
que destinou apoio financeiro de R$ 2,9 bilhões para auxiliar nas despesas com
segurança pública do estado do Rio de Janeiro em decorrência da realização dos
Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016.
(Bol)