09 julho 2016

Meirelles defendeu aumento de impostos na discussão da meta fiscal de 2017

A área econômica do governo defendeu o aumento de impostos na discussão sobre a nova meta fiscal para 2017, que foi anunciada ontem e prevê um déficit de US$ 139 bilhões. Essa possibilidade, levantada pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, foi descartada pelo presidente interino, Michel Temer, convencido pelos ministros políticos de que não há clima para elevar a carga tributária. As negociações em torno da meta fiscal levaram dias e foram marcadas por divergências entre as áreas técnica e política. O novo valor só foi decidido horas antes da divulgação. Se, por um lado, expandir receitas com tributos maiores foi rechaçado por Temer, por outro lado perderam os que defendiam que o rombo fosse semelhante ao déficit de R$ 170,5 bilhões previsto para este ano, nas contas do governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência). Segundo uma fonte ligada ao Palácio do Planalto, o caminho para melhorar as contas públicas terá de ser cortar despesas, o que incluirá revisão dos benefícios sociais e previdenciários em vigor. Esse auxiliar presidencial revelou que Temer resiste ao máximo à alta de impostos, já que há consenso na equipe de que a carga tributária do Brasil já está no limite.
(O Globo)
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