Membros do PMDB já dão como certo o desembarque do partido do
governo Dilma Rousseff (PT), que enfrenta grande pressão em meio a uma forte
crise econômica e um processo no Congresso que pode levar ao impeachment. O
vice-presidente, Michel Temer, que desistiu de uma viagem a Portugal para articular
dentro do PMDB, acredita que a proposta de
rompimento com o PT terá de 70% a 80% dos votos na reunião do diretório
nacional. Renan Calheiros, com quem o Planalto também conta para salvar o
mandato de Dilma, caso o impeachment chegue ao Senado, é outro com dificuldades
para articular. Investigado em vários inquéritos no STF, o presidente do
Senado sabe que não dá para acender uma vela para Dilma e outra para Michel
Temer, já que o presidente do PMDB deixa mais claro a cada dia que o casamento
com o PT acabou. Um sinal claro dessa possibilidade veio dos peemedebistas do
Rio de Janeiro, que sempre estiveram na ala governista. Com o agravamento da
crise, decidiram que vão votar na terça-feira (29) pela saída do governo.
(Band)