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do maior ato político da história do Brasil, quando recebeu, no domingo, entre
500 mil e 1,4 milhão de pessoas, a Avenida Paulista volta hoje a ser o centro
das atenções e das tensões políticas. A via, que está parcialmente bloqueada
desde a noite de quarta por manifestantes a favor do impeachment da presidente
Dilma Rousseff e contra a nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva para o ministério, tem programado para esta sexta-feira ato em defesa do
governo. A manifestação foi convocada pela Frente Brasil Popular, que
reúne mais de 60 entidades, como o PT, a CUT (Central Única dos Trabalhadores),
o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e a UNE (União Nacional
dos Estudantes). Segundo organizadores, o evento terá início às 16h, no
vão livre do Masp, e deve reunir cerca de 200 mil pessoas. Entre elas, o
prefeito da capital, Fernando Haddad (PT), e o ex-presidente Lula – que é o
símbolo maior do amor e do ódio dos grupos que devem dividir hoje a avenida. O
encontro, que se esperava ser evitado, agora é iminente. Embora tenha feito a
solicitação para ocupar a Paulista com antecedência e tratado do assunto
diretamente com a SSP (Secretaria de Estado da Segurança Pública), a Frente
Brasil Popular deverá ter a companhia dos manifestantes contrários. Revoltados
com a divulgação na tarde de quarta da escuta que sugere que Dilma agiu para
evitar a prisão de Lula antes que tomasse posse, esses grupos foram para a
Paulista protestar quase que imediatamente. E prometem ficar. Levaram até
barracas para acampar na avenida. Uma das acampantes, a empresária Lidice
Teixeira, afirmou que o grupo irá desocupar a via apenas com a renúncia da
presidente Dilma Rousseff. Mas e o ato de hoje? “Se eles [manifestantes
pró-governo] forem sensatos, vão procurar outro lugar”, disse o comerciante
Eduardo Neto, 52 anos. O problema nisso: a Frente Brasil Popular já havia
informado o governo que faria o ato hoje e teria, em tese, a via
reservada. A possibilidade do encontro preocupa porque pode provocar
confrontos violentos em nome da política, dado o alto grau de animosidade entre
os que estão contra e pró-governo. Ontem, por exemplo, duas pessoas foram
agredidas, uma pela manhã e outra à tarde, porque defenderam o governo e o
ex-presidente Lula.
18 março 2016
Reginaldo Monteiro

Administrador do Blog

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