Seis partidos de oposição ao governo
divulgaram manifesto, neste sábado (30), em que "repudiam a convocação
pelo presidente da República de atos de desagravo ao regime militar e aos
piores algozes da democracia produzidos naquele período". "Os
partidos políticos abaixo signatários manifestam sua perplexidade com a
desfaçatez com que o Presidente da República, Jair Bolsonaro, adota como chefe
de Estado, ao arrepio da Constituição e da Lei, o discurso de louvação desse
regime de exceção que marcou sua atuação como parlamentar e candidato",
diz parte do texto, assinado pelos presidentes do PT, Gleisi Hoffmann; do
PCdoB, Luciana Santos; do PDT, Carlos Luppi; do PSB, Carlos Siqueira; do PSOL,
Juliano Medeiros; e pelo secretário-geral nacional do PCB, Edmilson Costa. As
legendas ainda destacam que não aceitam "que qualquer instituição da
República promova o revisionismo histórico e negligencie a verdade dos fatos
que a sociedade brasileira pacientemente veio construindo nos anos de
democracia que se sucederam ao regime de exceção, cujo ápice se encontra no
relatório da Comissão Nacional da Verdade que concluiu seus trabalhos em
2014." Os líderes políticos também afirmam que, com o golpe militar, teve
início um "regime autoritário que suprimiu liberdades e direitos civis e
políticos, massacrou a oposição, perseguiu, sequestrou, torturou, matou e
desapareceu com os corpos de militantes da resistência democrática."
31 março 2019
Reginaldo Monteiro

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