30 março 2019

RELATOR DA ONU: "Comemorar 1964 é imoral e inadmissível"


Fabián Salvioli, relator especial sobre promoção da verdade, pede ao governo Bolsonaro que reconsidere celebrar a ditadura. É dever do Estado preservar as evidências de tais crimes horrendos, e não comemorá-los, afirma.O relator da ONU Fabián Salvioli exigiu nesta sexta-feira (29/03) que o presidente brasileiro Jair Bolsonaro reconsidere seu plano de comemorar o aniversário de 55 anos do golpe militar. Segundo ele, celebrar um regime que cometeu "crimes horrendos" é "imoral e inadmissível". "Tentativas de revisar a história e justificar ou relevar graves violações de direitos humanos do passado devem ser claramente rejeitadas por todas as autoridades e pela sociedade como um todo", afirmou o argentino, que é relator especial das Nações Unidas sobre promoção da verdade, justiça, reparação e garantias de não-repetição. A ditadura militar, que se estendeu de 1964 a 1985, teve início com a derrubada do governo do então presidente democraticamente eleito, João Goulart, e foi marcada por censura à imprensa, fim das eleições diretas para presidente, fechamento do Congresso Nacional, tortura de dissidentes e cassação de direitos.
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