Nos próximos dias, o prefeito Daniel Camargo (PSB) deve encaminhar à Câmara Municipal de Pederneiras a proposta de reajuste salarial dos servidores municipais. O Jornal da Cidade, de Bauru, traz uma sinalização de 5%, em matéria sobre o reajuste de 11% que a prefeitura de Agudos concederá. Informações locais dão conta de que seria mesmo o percentual sugerido na matéria do JC que Camargo irá propor.
Também comentam-se que o prefeito teria convocado os vereadores para discutir o reajuste que o legislativo local terá que votar. Aliás,
discutir faz bem, especialmente em momentos ditos de dificuldade. Seria
legítimo e demonstraria transparência no trato com os recursos públicos e com os servidores,
se Camargo chamasse a categoria e colocasse as cartas na mesa, para que tudo fosse às
claras. Reunir apenas com vereadores não basta, é balela pura.
Para propor o reajuste de apenas 5%, seria necessário a administração
demonstrar contenção de despesas, corte de excessos, como por exemplo extinção
de secretarias e de cargos comissionados, além de reavaliar as dezenas de gratificações
que distribui aleatoriamente e sem base legal, ou quem sabe um índice maior para que ganha o piso, e menor para quem ganha o teto . A hora da onça beber água chegou.
Certamente os servidores da prefeitura de Pederneiras, que foram agraciados com míseros 3% no ano passado, pleiteiam e esperam bem mais que 5% de reajuste para 2016.
Afinal, o índice inflacionário em 12 meses ficou perto de 11%. E quanto foi o aumento aplicado pela administração nos tributos municipais, como IPTU e a famigerada contribuição para iluminação pública?
Caso Camargo não se disponha a reunir com os servidores municipais – o que,
aliás, tem caracterizado seu estilo de governar -, devem os vereadores convocar
audiência pública no âmbito do legislativo, regimentalmente prevista, para
ouvir o que a categoria tem a dizer e a partir de então, se posicionarem. Aliás,
vereador é eleito para representar o povo, e funcionário municipal é parte
dele.
Reginaldo Monteiro