Em busca
de seu quarto mandato consecutivo no Senado Federal, o petista Eduardo Suplicy
se prepara para mostrar seu trabalho como forma de convencer o eleitorado
paulista a elegê-lo mais uma vez. Nas campanhas anteriores, o parlamentar foi
acusado de não “defender os interesses de São Paulo” e se preocupar em demasia
com temas gerais. O plano de sua campanha é apresentá-lo como alguém que se
dedica a temas de grande repercussão, como a sempre citada renda básica de
cidadania, e até a questões bastante específicas, como a reabertura do Cine
Belas Artes e a situação dos vendedores ambulantes autônomos do Parque do
Ibirapuera. O desafio agora é maior do que das outras vezes, pois enfrenta José
Serra (PSDB), que foi ministro, governador e prefeito da capital paulista.
Para integrantes da equipe do senador, Serra e o ex-prefeito paulistano
Gilberto Kassab (PSD), que também disputa a vaga, terão mais facilidade de
mostrar suas obras, por conta da experiência no Executivo. Dos três, o
pessedista conta com mais tempo de TV, mas está atrás nas intenções de voto e
sofre com a maior rejeição. Suplicy vai mostrar a sua participação na criação
dos programas de combate à pobreza: desde o Renda Mínima - lançado em 1994 pelo
prefeito de Campinas, José Roberto Magalhães Teixeira (PSDB), baseado em suas
ideias – até o Bolsa-Família de hoje. Mas o principal mote será mesmo a sua
fama de um político “diferente” dos demais e honesto, que o acompanha durante
toda sua trajetória política, desde 1978 ainda pelo MDB, quando se elegeu
deputado estadual. “Honestamente, o melhor” e “Esse cara é do bem” serão os
slogans para valorizar esta imagem.
(JCnet)